terça-feira, 2 de março de 2010

PAPA FALA SOBRE A SALVAÇÃO DO HOMEM




Bento XVI: justiça divina, salvação para o homem
Mensagem para a Quaresma de 2010


CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org).- Apresentamos a mensagem de Bento XVI para a Quaresma de 2010, texto divulgado hoje, intitulado "A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo".
* * *
Queridos irmãos e irmãs,
todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida á luz dos ensinamentos evangélicos . Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21 – 22 ).
Justiça: “dare cuique suum”
Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romana do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais intimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado á sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena centenas de milhões de seres humanos á morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos - , mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Como e mais do que o pão ele de facto precisa de Deus. Nora Santo Agostinho: se “ a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu…não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).
De onde vem a injustiça?
O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativo ao alimento, podemos entrever nas reacções dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus – é ingénua e míope. A injustiça, fruto do mal , não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista:”Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl. 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, pegando no fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram á lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição ; á lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza. Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?
Justiça e Sedaqah
No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De facto sedaqahsignifica, dum lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e á viúva ( cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei , pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egipto (cfr Exs,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre ( cfr.Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro ( cfr Ex 22,20), o escravo ( cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto – suficiência , daquele estado profundo de fecho, que á a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efectuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?
Cristo, justiça de Deus
O anuncio cristão responde positivamente á sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “ Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De facto não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vitima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25)
Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O facto de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “ a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfrGal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objecção: que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico , mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.
Compreende-se então como a fé não é um facto natural, cómodo, obvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitencia e da Eucaristia. Graças á acção de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é aquela do amor ( cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.
Precisamente fortalecido por esta experiencia, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.
Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autentica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica.


Vaticano, 30 de Outubro de 2009


BENEDICTUS PP. XVI

sábado, 20 de fevereiro de 2010



Quaresma é tempo propício à reflexão cristã, a uma conversão do coração


O tempo da Quaresma “coloca diante de nossos olhos, como imperativo da vida cristã, a conversão – através da penitência”, afirma o arcebispo emérito do Rio de Janeiro.
“Ora, nós respiramos uma atmosfera visceralmente contrária”, reconhece o cardeal Eugenio Sales, em artigo difundido esta quarta-feira no portal da arquidiocese do Rio.
“Tudo em torno de nós sugere o prazer sem limites, isento de compromisso, um comportamento à margem das exigências oriundas das determinações do Evangelho.”
Segundo Dom Eugenio, essa maneira de ser “penetrou os umbrais sagrados. Assim, pouco se fala do pecado, dos deveres que são substituídos por direitos sem barreiras, de um Cristo despojado de seus ensinamentos, que constrangem a sede ilimitada de liberdade sem peias”.“Esta época litúrgica tem muita semelhança com o apelo dos profetas à conversão, e esta, a partir do coração. Tanto é assim que usamos os textos do Antigo Testamento na escuta da Palavra de Deus, dirigida a cada um dos fiéis em nossos dias.”O cardeal assinala que o cristão “será sempre alguém que ‘rema contra a corrente’”.
“Quando encontramos um pregador ou um agente pastoral que teme ensinar a mesma Doutrina de Jesus Cristo ou prefere amenizá-la para não afastar os fiéis, sabemos que não são verdadeiros pastores”, afirma.Dom Eugenio destaca que a Quaresma “é um tempo propício à reflexão cristã, a uma conversão do coração, a uma prática de penitência, tão distanciada de uma mentalidade moderna à margem do Evangelho, mas que penetrou até nas fileiras dos seguidores de Cristo”.“Vivendo os ensinamentos da Igreja neste tempo litúrgico, nos dispomos a receber as graças da Páscoa da Ressurreição”, afirma.

Fonte: zenit.org

CONIC LANÇA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010






Aos pés do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o material da Campanha da Fraternidade 2010, “Fraternidade e Economia”, será lançado no próximo dia 10, às 15h. O lema da CF será: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24), escolhido no ano passado.O evento contará com a participação de várias autoridades eclesiásticas e políticas, entre elas o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Dimas Lara Barbosa, o presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), pastor sinodal Carlos Augusto Möller, a senadora Marina Silva, o economista e secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, professor Paul Singer, entre outros.Sob a responsabilidade do Conic, a Campanha da Fraternidade 2010 será ecumênica e estará aberta à participação de todas as denominações cristãs. Esta é a terceira Campanha da Fraternidade Ecumênica. As outras foram realizadas em 2000 e em 2005.O presidente do Conic fará a abertura do ato. Logo em seguida, terá início a apresentação do material da Campanha pelo diretor executivo das Edições CNBB, padre Valdeir dos Santos Goulart e pelo secretário geral do Conic, Reverendo Luiz Alberto Barbosa. A senadora Marina Silva e o professor Paul Singer.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ROTEIRO PARA O CERCO DE JERICÓ

SEGUNDA FEIRA 05/10/2009
* Ao acordar Rezar o Salmo 65
* 12:00hs Meditar a Passagem Sr 27- 30 Sr 28 1-7
* 15:00hs Rezar o Terço da Misericórdia
* 18:00hs Rezar o Terço Mariano
* Ao deitar – Oração de Louvor e Agradecimento.

Pratica
Perdão

Missa
Adoração(uma hora)

CERCO DE JERICÓ




O CERCO DE JERICÓ.

“Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias.” Hebreus 11, 30.
“Os muros de Jericó caíram ao som das trombetas da oração”, afirmava La Pira em 1959, no regresso da primeira viagem que um político ocidental efetuava à Rússia, depois da guerra.


Torna-se cada vez mais comum as comunidades adoradoras fazerem o Cerco de Jericó. De que se trata?
Esta prática nasceu na Polônia. Consiste na oração incessante de Rosários, durante sete dias e seis noites, diante do Santíssimo Sacramento exposto.

A ORIGEM

De onde veio a inspiração paro o “Cerco de Jericó”? No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida. A cidade de Jericó era uma fortaleza inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um Anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas.
Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas: durante seis dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia, deram sete voltas. Durante a sétima volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus, as muralhas de Jericó caíram… (cf. Js 6).
O Santo Padre João Paulo II devia ir à Polônia a 8 de maio de 1979, para o 91º aniversário do martírio de Santo Estanislau, bispo de Cracóvia. Era a primeira vez que o Papa visitava o seu país, sob o regime comunista; era uma visita importantíssima e muito difícil. Aqui começaria a ruína do comunismo ateu e a queda do muro de Berlim.
Em fins de novembro de 1978, sete semanas depois do Conclave que o havia eleito Papa, Nossa Senhora do Santo Rosário teria dado uma ordem precisa a uma alma privilegiada da Polônia: “Para a preparação da primeira peregrinação do Papa à sua Pátria, deve-se organizar na primeira semana de maio de 1979, em Jasna Gora (Santuário Mariano), um Congresso do Rosário: sete dias e seis noites de Rosários consecutivos diante do Santíssimo Sacramento exposto.”
No dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1978), Anatol Kazczuck, daí em diante promotor desses Cercos, apresentou a ordem da Rainha do Céu a Monsenhor Kraszewski, bispo auxiliar da Comissão Mariana do Episcopado. Ele respondeu: “É bom rezar diante do Santíssimo Sacramento exposto; é bom rezar o Terço pelo Papa; é bom rezar em Jasna Gora. Podeis fazê-lo.”
Anatol apresentou também a mensagem de Nossa Senhora a Monsenhor Stefano Barata, bispo de Czestochowa e Presidente da Comissão Mariana do Episcopado. Ele alegrou-se com o projeto, mas aconselhou-os a não darem o nome de “Congresso”, para maior facilidade na sua organização. Então, deu-se o nome de “Cerco de Jericó” a esta iniciativa.
O padre-diretor de Jasna Gora aprovou o projeto, mas não queria que se realizasse em maio por causa dos preparativos para a visita do Santo Padre. Dizia ele: “Seria melhor em abril.” “Mas a Rainha do Céu deu ordens para se organizarem esses Rosários permanentes na primeira semana de maio”, respondeu o Sr. Anatol. O padre aceitou, recomendando-lhe que fossem evitadas perturbações.
A Santíssima Virgem sabia bem que o Cerco de Jericó em maio não iria perturbar a visita do Papa, porque ele não viria. E, logo a seguir, as autoridades recusaram o visto de entrada no país ao Santo Padre, como tinham feito a Paulo VI em 1966. Consternação geral em toda a Polônia! O Papa não poderia visitar a sua Pátria.
Foi, então, com redobrado fervor que se organizou o “assalto” de Rosários. E, no dia 7 de maio, ao mesmo tempo que terminava o Cerco, caíram “as muralhas de Jericó”. Um comunicado oficial anunciava que o Santo Padre visitaria a Polônia de 2 a 10 de junho. Sabe-se como o povo polonês viveu esses nove dias com o Papa, o “seu” Santo Padre, numa alegria indescritível!
No dia de 10 de junho, João Paulo II terminava a sua peregrinação, consagrando, com todo Episcopado polonês, a nação polaca ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria, diante de um milhão e quinhentos mil fiéis reunidos em Blonic Kraskoskic. Foi a apoteose!
Depois dessa estrondosa vitória, a Santíssima Virgem ordenou que se organizassem Cercos de Jericó todas as vezes que o Papa João Paulo II saísse em viagem apostólica. “O Rosário tem um poder de exorcismo”, dizem os nossos amigos da Polônia, “ele torna o demônio impotente.”
Por ocasião do atentado contra o Papa, em 13 de maio de 1981, os poloneses lançaram de novo um formidável “assalto” de Rosários e obtiveram o seu inesperado restabelecimento. Mais uma vez, as muralhas de ódio de Satanás se abatiam diante do poder da Ave-Maria.
Em várias partes do mundo estão sendo realizados agora Cercos de Jericó. A 2 de fevereiro de 1986, aquela mesma alma privilegiada recebia outra mensagem da Rainha Vitoriosa do Santíssimo Rosário: “Ide ao Canadá, aos Estados Unidos, à Inglaterra e à Alemanha para salvar o que ainda pode ser salvo.” Nossa Senhora pede que se organizem os Rosários permanentes e os Cercos de Jericó, se queremos ter certeza da vitória.
Assim pode-se organizar grupos de pessoas que se revezem de períodos em períodos de tempo, para que seja rezado o Rosário permanentemente durante as 24 horas durante os sete dias em que é feito o cerco de Jericó.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

SETEMBRO MÊS DA BIBLIA





O adubo que fez crescer a semente da Bíblia


Não é qualquer chão que serve para que uma árvore possa crescer.O canteiro, onde a semente da Bíblia criou raízes e de onde lançou os seus 73 galhos em todos os setores da vida, foi a celebração do povo oprimido, ansioso de se libertar.
A maior parte da Bíblia começou a ser decorada para poder ser usada nas celebrações, e foi escrita ou colecionada por sacerdotes e levitas, os responsáveis pela celebração do povo.
Além disso, as romarias e as peregrinações, os santuários com as suas procissões, as festas e as grandes celebrações da aliança, o templo e as casas de oração (sinagogas), os sacrifícios e os ritos, os salmos e os cânticos, a catequese em família e o culto semanal, a oração e a vivência da fé, tudo isso marca a Bíblia, do começo ao fim!
O coração da Bíblia é o culto do povo! Mas não qualquer culto. É o culto ligado à vida do povo, onde este se reunia para ouvir a palavra de Deus e cantar as suas maravilhas; onde ele tomava consciência da opressão em que vivia ou que ele mesmo impunha aos irmãos; onde ele fazia penitência, mudava de mentalidade e renovava o seu compromisso de viver como um povo irmão; onde reabastecia a sua fé e alimentava a sua esperança; onde celebrava as suas vitórias e agradecia a Deus pelo dom da vida.
É também no culto que deve estar o coração da interpretação daBíblia. Sem este ambiente de fé e de oração e sem esta onsciência bem viva da opressão que existe no mundo, não é possível agarrar a raiz de onde brotou a Bíblia, nem é possível descobrir a sua mensagem central.
Trecho da "Bíblia Sagrada", da Editora Vozes.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

VOCAÇÃO




Qual a nossa verdadeira Vocação?
A palavra vocação vem do latim vocare que significa chamado
.
Todos nós somos chamados, de uma forma ou de outra a fazer algo. Antigamente este termo significava qualquer espécie de aptidão.
Por exemplo: aptidão para medicina, música, artes, etc. Depois foi adquirindo um significado religioso passando a designar o chamado de Deus.

• É um gesto grandioso de Deus que visa à plena humanização do homem.

• É dom, é graça, é eleição cuidadosa, visando a construção do Reino de Deus.

•É um chamado para fazer algo, para cumprir uma missão.

• Toda pessoa é vocacionada, é eleita por Deus.

• Deus elege por causa de alguém (comunidade) e esta eleição se manifesta no nosso dia-a-dia.

A mensagem do Evangelho é um convite continuo a seguir Jesus Cristo.
Vem e segue-me (Mt 9,9; Mc 8,34; Lc 18,22; Jo 8,12).

VEM - CHAMADO: é um convite pessoal dirigido por Deus a uma pessoa.

SEGUE-ME - MISSÃO: é o seguimento da prática de Jesus. É uma iniciativa gratuita, proposta, que parte de Deus(dimensão teológica).
Impulso interior de cada pessoa onde conscientemente responde ao plano de amor de Deus.
Para compreendermos em profundidade o significado da vocação, precisamos fazer a distinção entre: VOCAÇÃO FUNDAMENTAL E VOCAÇÃO ESPECÍFICA.

a) Vocação Fundamental: Entendemos por vocação fundamental, o chamado de cada pessoa à vida, a ser Filho de Deus, a ser Cristão, a ser Igreja.
A tomar consciência de que todos somos irmãos e fazemos parte do Reino de Deus. Pela revelação sabemos que todos os homens foram chamados por Deus à santidade (Gn 1,26; 2,7; 1Pe 1, 15-16).
É um chamado a desenvolvermos plenamente todas as nossas potencialidades.
Todas as vocações específicas derivam desta vocação fundamental. Pelo Batismo, todos fomos chamados a viver a Santidade. A Pastoral Vocacional deveria ser a Pastoral da Vocação Fundamental, sob a qual é possível descobrir a Vocação Específica.

b) Vocação Específica: Entendemos por vocação específica a maneira própria de como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental, como leigo, sacerdote ou religioso.
Deus chama a cada um, chama pessoalmente e chama para desempenhar um papel concreto dentro da comunidade, de acordo com os seus dons - carismas.
O ministério dentro da comunidade é a estruturação de um carisma: sacerdócio, catequese, liturgia, ministro da Eucaristia, animador dos jovens...
“A um o Espírito dá o dom da sabedoria, a outro o da ciência, a outro o da fé, o dom das curas, das profecias, do discernimento...” (1º Cor 12,8 ss).
O Espírito suscita dentro da Comunidade - Igreja os ministérios que ela necessita.
O chamado surge dentro da comunidade, em função da comunidade e exige uma resposta concreta, generosa e heróica de todo cristão. O chamado não é um chamado ao egoísmo, para o fechamento, mas para a abertura, para a doação, para servir a comunidade. As vocações específicas são três:

LAICAL RELIGIOSA E SACERDOTAL.

1- Vocação Leiga : Sua origem está nos sacramentos do Batismo e da Crisma.Sua missão é formar comunidade, transformar o mundo e melhorar a qualidade de vida das pessoas, assumindo uma profissão específica.São os portadores do amor de Jesus Cristo no meio da família e da sociedade.O fiel cristão leigo pode ser solteiro, casado ou consagrado no meio do mundo.Casar ou ficar solteiro é uma opção de vida.Existe, ainda, a consagração a Deus no meio do mundo.Essa consagração pode ser individual e espontânea ou num Instituto Secular.
Existem no Brasil muitos Institutos Seculares masculinos e femininos.
Essa vocação é uma forma mais livre de se consagrar a Deus, exercendo uma profissão específica. O leigo vive no mundo para:

• Fazer presente o Deus Criador;

• Fazer de suas estruturas um mundo mais digno;

• Promover a Paz, a Justiça, a Fraternidade.

• Como casado, solteiro ou consagrado, ser sinal de Cristo.

2- Vocação religiosa : Essa vocação é assumida por pessoas que se sentiram chamadas por Deus a doarem suas vidas por uma causa.Trata-se da consagração a Deus assumindo os votos de pobreza, castidade e obediência, ingressando numa Congregação ou Ordem Religiosa.Os religiosos e religiosas são os sinais visíveis do amor de Jesus Cristo pela sua Igreja e pelo mundo.As congregações religiosas são mais de oitocentas (masculinas e femininas) e todas têm um carisma específico, deixado pelos fundadores.As Congregações masculinas podem ser apostólicas e contemplativas.As apostólicas estão inseridas nas atividades da Igreja, no meio da sociedade e do mundo. Atuam junto às paróquias, escolas, doentes, crianças, jovens, migrantes, pobres...As contemplativas reproduzem a dimensão de Cristo “orante”. São as pessoas chamadas a viverem nos mosteiros nos mais variados estilos. A maioria das congregações tem padres e irmãos ou freis consagrados.Algumas congregações têm exclusivamente irmãos.As Congregações femininas também podem ser ativas ou contemplativas.As religiosas se consagram a Deus e são chamadas de Irmãs. Juntamente com os votos de castidade, obediência e pobreza, as irmãs dedicam suas vidas ao carisma a que se sentiu chamadas.A Igreja Católica possui também muitos Institutos de Vida Apostólica. O Religioso é chamado a testemunhar a Cristo de uma maneira, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência.

Vivem:

• A total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos;

• A partilha dos bens;

• O amor sem exclusividades;

• A consagração a um carisma específico: educação, saúde, missões, pobres...

• Numa comunidade fraterna. 3

- Vocação Sacerdotal : Jesus Cristo continua chamando pessoas para darem continuidade à sua obra de amor, a construção do reino de Deus. A vocação sacerdotal é um dom de Deus para a Igreja e para o mundo.O diácono, o padre e o bispo recebem da Igreja o “sacramento da ordem”.Um jovem para ser padre deve ingressar num seminário e estudar, a partir do segundo grau, as faculdades de filosofia e teologia.
O Brasil possui cerca de 16.500 sacerdotes diocesanos e religiosos. Ultimamente o número de seminaristas tem aumentado graças ao trabalho de conscientização feito pela Pastoral Vocacional.
O Padre é por vocação ordenado para ser sinal sacramental da presença de Cristo. Age na pessoa de Cristo-Profeta, Sacerdote e Rei.
• É sinal sacramental de Cristo que convoca e envia a Igreja;

• Sua missão é animar a fé e presidir a comunidade;

• O Padre é Pastor;

• Ele celebra a presença de Deus (Sacramentos) na caminhada da comunidade.

c) - Como Deus Chama Na luta do dia-a-dia, na leitura da própria história é que vamos percebendo os sinais do apelo de Deus e a necessidade de uma resposta concreta.
Não podemos esquecer que a vocação é também um processo, uma historia de amor e dinamismo, um relacionamento profundo com Deus.

• Deus chama a cada um pessoalmente e pelo nome. Uma experiência interior.
Como chamou Abraão (Gen. 12, 1-2), Moisés(Ex 3,1ss., Jeremias(Jer 1,1ss.), Maria (Lc 1,27ss), os Apóstolos (Mt 10, 10-16).

• Deus nos chama pelos valores que nos atraem.
Cada pessoa tem dons e talentos e vai descobrindo valores que aos poucos vão orientando a sua vida.
A seleção cuidadosa desses valores levam-na a fazer uma opção.
Esta opção é a resposta a um chamado.

• Deus nos chama pela comunidade, pela Igreja que precisa.
Toda vocação está em função do reino, portanto, Deus se serve de uma comunidade carente, para nos mostrar uma vocação.

• Deus nos chama pelo irmão que sofre.
É vendo o sofrimento do pobre, do marginalizado, do doente... que nos sentimos tocados para assumir uma missão.

• Deus nos chama através de mediadores diretos, padres, religiosos(as), leigos, promotores vocacionais, que com uma palavra ou um testemunho de vida, nos ajudam num discernimento vocacional. A vocação é um chamado à alegria.
Deus em seu plano de amor respeita a liberdade humana. É necessário um coração simples orante, capaz de ouvir a proposta e aberto e generoso capaz de discernir e responder ao chamado de Deus.

terça-feira, 18 de agosto de 2009





Quarentena de SÃO MIGUEL ARCANJO




Inicio da Quaresma: 20 de agosto a 29 de setembro (Festa de São Miguel) Providenciar um altar para São Miguel com uma imagem.


Todos os dias:




* Acender uma Vela ( abençoada )


* Oferecer uma penitência


* Fazer o sinal da cruz


* Rezar a oração inicial


* Rezar a ladainha de São Miguel


* Ladainha do Preciosismo Sangue




ORAÇÃO INICIAL




"São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém".


Sacratíssimo coração de Jesus ( três vezes )




Ladainha do Preciosismo Sangue




Senhor, tende piedade de nós.Jesus Cristo, tende piedade de nós.Senhor, tende piedade de nós.Jesus Cristo, ouvi-nos.Jesus Cristo, atendei-nos.Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.




São Miguel, rogai por nós.


São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.


São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.


São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.


São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.


São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.


São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.


São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.


São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.


São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.


São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.


São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.


São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.


São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.


São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.


São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.


São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.


São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.


São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório, rogai por nós.


São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.


São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.




Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.


Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor.


Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.




Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo,para que sejamos dignos de Suas promessas. Amém.




Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas do Céu e a trocar os bens do tempo pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos